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Reserva Federal pode ou não cortar juros: investidores seguem no limbo para 2026

Reserva Federal pode ou não cortar juros: investidores seguem no limbo para 2026

As plataformas de apostas nos Estados Unidos demonstram cautela ao projetar as taxas de juros do Fed para 2026, diante do que classificam como um “progresso estagnado” rumo à meta de inflação de 2%, de um crescimento econômico desigual, porém resiliente, e dos primeiros sinais de arrefecimento do mercado de trabalho. Essa avaliação consta em uma nova projeção do HSBC, que alerta que o próximo ano poderá frustrar as expectativas dos investidores.

Após um desempenho robusto dos Títulos do Tesouro em 2025, o banco avalia que a capacidade da Reserva Federal de atender às expectativas do mercado por cortes agressivos nos juros será limitada por fatores estruturais e cíclicos. O HSBC projeta que o rendimento dos Treasuries de 10 anos alcance 4,30% ao final de 2026, acima do consenso da Bloomberg, com uma leve alta adicional para 4,40% ao final de 2027. A instituição mantém uma posição neutra em duration.

O banco trabalha com diferentes cenários. Caso a inflação acelere de forma inesperada, os rendimentos poderiam testar a região de 5%, especialmente se surgirem dúvidas quanto à independência da política monetária. Por outro lado, um ciclo econômico mais fraco poderia provocar uma acentuada inclinação altista da curva de juros. Diante disso, o HSBC classifica o balanço de riscos como assimétrico, inclinado para novas altas. Os analistas consideram o “miolo” da curva a região mais atrativa, onde os riscos estruturais são menores e os rendimentos permanecem interessantes.

O HSBC também destaca que possíveis mudanças no quadro de dirigentes do FOMC, incluindo a esperada saída de Jerome Powell em meados de 2026, devem acrescentar incerteza à condução da política monetária. No que diz respeito às operações do Fed, o banco prevê o início de compras líquidas de ativos, especificamente os Títulos do Tesouro, já no primeiro trimestre de 2026, com o objetivo de aliviar pressões de financiamento à medida que crescem as obrigações fora das reservas.

Do lado da oferta, o HSBC avalia que os leilões de títulos com cupom devem manter volumes estáveis na primeira metade de 2026, mas que uma expansão das emissões tende a surgir mais adiante, possivelmente no quarto trimestre, em função do aumento dos déficits orçamentários. O banco também observa que os spreads de swap ainda não precificam plenamente esses riscos, abrindo espaço para que os Treasuries de longo prazo apresentem desempenho inferior aos swaps nos próximos meses.

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